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O conceito de neuromarketing está muito enraizado na questão da manipulação, gerando anseio nas empresas e medo na população na hora de investir nessa nova estratégia de neurociência aplicada ao marketing. Entretanto, não se trata de uma ferramenta abusiva de manipulação e muito menos uma ferramenta que consegue ler o cérebro de maneira absoluta.
No ano de 2017, a Folha de São Paulo publicou uma entrevista com o neurocientista Joseph Devlin, professor da University College de Londres, que desmistifica alguns conceitos a respeito da problemática. Assim, Devlin diz que o que é preocupante “em relação ao neuromarketing é vender a ideia de que é possível descobrir tudo o que está acontecendo no cérebro e “apertar botões” para fazer a pessoa comprar algo”.
Sendo assim, o neuromarketing atua nos processos que acontecem quimicamente no cérebro, mostrando que muitas das escolhas do consumidor não são apenas psicológicas. Diante disso, comportamentos emocionais são levados em conta. Repensar estratégias para criar um marketing mais inteligente é uma forma de entender os efeitos do marketing sobre o consumidor. Logo, é um aprimoramento de estratégias.
O ato da escolha e das decisões é muito complexo, por isso não é tão fácil essa questão da manipulação. A tecnologia e a ciência estão caminhando juntos, progressivamente, atuando em diversos setores do mercado. Neste caso, o papel do neurocientista, como aponta Devlin, “é dar às empresas algumas ferramentas para medir a eficácia de sua comunicação e entender como suas mensagens são recebidas pelo público”.
No e-commerce, o estudo se baseia no conforto do consumidor nas tomadas de decisões, como a facilidade no processo de escolha de algum produto, sua visibilidade no site, a disposição do layout, as cores que vão ser utilizadas naquela determinada mercadoria. Portanto, trata-se de gatilhos comportamentais que incidem sobre a cadeia de consumo a fim de uma melhora nos resultados de venda.