O centro de São Paulo é onde está o núcleo do mercado atacadista. Várias lojas locais dependem do contato direto com lojistas de todo o país e, normalmente, os produtos são comprados presencialmente por um trabalhador destinado ao serviço e despachados em ônibus.
Por se tratar de uma grande quantidade de estoques e de lojas, esse contato direto com os lojistas acaba ficando complexo e bastante trabalhoso tanto para o fornecedor quanto para o comprador. Diante disso, atentos à problemática, Bruno Ballardie e Fernando Zanatta fundaram em 2019 a ZAX, uma startup para intermediar os negócios do mercado atacadista brasileiro.
O foco inicial foi a digitalização do Brás, por meio de um aplicativo, que captou R$32 milhões. A proposta, segundo a empresa, é “formar o maior e mais completo Marketplace B2B do Brasil, impulsionando pessoas e negócios a evoluírem dia após dia em direção ao futuro melhor”. O revendedor tem acesso aos produtos das fábricas e isso permite que ele amplie sua pesquisa de mercado e seu estoque.
A visibilidade para o comércio é gigante, atraindo muito mais compradores, que terão acesso aos produtos pela plataforma. Junto a isso, está a credibilidade, os revendedores se sentem mais seguros de comprar através de uma ferramenta segura e com vários dados disponíveis para checagem. Além disso, há a opção de crédito sem juros para varejistas, com a ideia de expandir as atividades financeiras, o que pode impactar positivamente nos custos para o consumidor final.
Esse tipo de comércio não era tão participativo dentro do e-commerce. Segundo a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), estima-se que durante o primeiro ano da pandemia o e-commerce foi responsável por mais de 10% do faturamento total do varejo, ante 5% em 2019. Ainda sobre dados, a Mastercard SpendingPulse mostrou que as vendas online no varejo foram de 6% para 11%, no mesmo período.
Hoje o aplicativo conta com mais de mil fornecedores cadastrados e 50 mil compradores, e é disponibilizado na Google Play e na App Store.